O Diva de Portugal

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quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Música

Como todos os jovens (todas as pessoas?), sou um indefectível amante de música. De ouvir e de tocar. De ouvir de tudo e de tocar de tudo o que tenha a ver com guitarra. Pessoalmente, e esta pode ser uma opinião um pouco herética, creio genuinamente que nós jovens, a “minha” geração, somos os verdadeiros amantes de música. Os verdadeiros porque, regra geral, os jovens são apreciadores de música mais eclécticos que os outros. Já todos passámos pela música clássica, o pop, o rock, o jazz, o punk, o metal, o grunge e o rap. Os jovens são os únicas pessoas que eu conheço que se conseguem entusiasmar por um concerto intimista de blues num dia e por uma rave noutro dia. Os únicos que tanto aprenderam Beethoven no piano como Tool no baixo (eh,eh...). Os únicos que conseguem alcançar e usufruir sensações tão intensas como estar no meio de um mosh pit, para depois voltarem a casa e ouvirem calmamente Liszt na sua aparelhagem. Os mais velhos (peço perdão pela terrível generalização) perderam a capacidade de apreciar a música no estado puro que existe, por exemplo, num álbum de grunge ou num concerto de trash metal. À medida que escrevo este post, olho para a minha secretária e vejo os seguintes CD’s empilhados por esta ordem: Schubert, Nirvana, Metallica, Pantera e Radiohead. Percebem agora o que quero dizer? Somos os únicos que conseguimos deixar as ideias preconcebidas de lado e assumir sem problemas uma variedade enorme de gostos musicais. Somos os únicos que aproveitamos verdadeiramente tudo aquilo que a música tem para oferecer. E, mesmo se mais nada houvesse, só isso já faria de nós uma geração melhor.