Vergonha
Pessoalmente sempre achei estranho que os nossos media, sempre tão interessados em tudo o que é desgraça, nunca se tenham referido aquela que é, reconhecidamente, uma das maiores vergonhas nacionais. Aliás, pensando bem, só por culpa de uma óbvia tentativa de encobrimento por parte dos jornais é que se concebe que tal ignomínia se mantenha presente no séc. XXI. Como é possível que se permita que tal cancro afecte a nação?! Como se permite que aquele nome permaneça ali, explícito, manchando o sagrado território de Portugal?! Como inteligentes que são todos os nossos leitores, certamente já compreenderam ao que me refiro. Neste momento o leitor repete para si próprio, baixinho, num misto de assombro e repulsa, o terrível nome que nunca devia ter existido. Como é óbvio estou a referir-me “aquilo-cujo-nome-não-pode-ser-pronunciado”. Sim… as Minas da Panasqueira. Como pode ser que existam em Portugal umas Minas da Panasqueira?! Quem criou e autorizou tal nome?! Das poucas minas que existem em Portugal logo tínhamos de ter umas da Panasqueira. E levantam-se logo mais questões: o que raio se extrai das Minas da Panasqueira? Panascas? E esta indústria, da extracção do panasca, é legal? Tem alvará? Conta para as estatísticas das exportações? Existe algum tipo de entidade reguladora que controle a autenticidade do produto? Como é que a DECO nunca inspeccionou as Minas da Panasqueira?! Não os deixam? Ou será que têm medo do que possam encontrar? E a UE tem conhecimento disto? Será que já nos impuseram quotas de produção de panascas? É que há claramente um excedente…Tudo questões que eu deixo aqui em aberto e à volta das quais se deveria criar um grande espaço de discussão nacional.
P.S.: Para os que não acreditam em mim, vão ver um Atlas de Portugal.
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