O Diva de Portugal

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quinta-feira, outubro 02, 2003

Fawlty Towers

Esta comédia britânica que reforçou a fama de John Cleese e comprovou, mais uma vez, o seu talento poderá não ser um mero produto inventivo deste comediante. Esqueçam tudo o que viram ou ouviram, as entrevistas do DVD foram forjadas. O local de inspiração para esta série poderá ser mais subtil...
E entre os meus papéis e revistas sobre conspirações, OVNIS e o inevitável O Crime, encontrei os meus esboços e apontamentos acerca da série. Ao estudá-los consegui concluir algo chocante. A série Fawlty Towers poderá dever mais ao povo português e Portugal do que aparenta. Não? Ora vejam:
- Alguém duvida que a Pensão Estrela seja um projecto que inspirou o Fawlty Towers? Sim, é óbvio que sim, tem tudo de parecido, inclusive sei de fonte segura que enquanto José Rapouso ainda era um astro da revista propôs este arrojado projecto à RTP. Mas Salazar achou que Portugal não estava preparado para tal visão, demasiado realista... para evitar a PIDE, Rapouso desfez-se do manuscrito num caixote do lixo de uma pensão rasca, onde por acaso estava John Cleese. E eis que o criador e a criação se encontram...
- Portugal é como aquela pensão rasca, pequeno, pobre, conhecido apenas para alguns, ponto de paragem para os que passam, a única opção de férias para alguns
- O exemplo inglês pode ter sido inspirado em Portugal, não mais que seja pelo actual fuso horário, assim, à mesma hora que um gerente da pensão no Reino Unido ofende os turistas que tiveram a infeliz ideia do visitar, o Senhor Rapouso da Pensão Estrela faz o mesmo
- Um patrão que vive do desenrasca e improviso (não faz lembrar alguns políticos? Tirando aqueles que têm um discurso preparado e treinado a pedir a demissão do ministro da Defesa) e que tal como o português é mal-educado, sovina, frustado e sempre desejando dar aquele passo na vida que fará com que a sua pensão seja a melhor da região.
- O criado estrangeiro, que como aqui ninguém entende, mas todos exploram. Só que neste caso, não vem de Barcelona e se chama Manuel. Bem qualquer dia, os poucos que vêem de Barcelona já nem imigrantes são...
- O espírito iminentemente provinciano
- O velho militar com os delírios do passado e os traumas de guerra (temos alguns assim...).
- Uma empregada inteligente que ninguém escuta, quantos temos aqui assim.
Parece quase coincidência, não? E agora, la creme de la creme, tal como o senhor Fawlty também nós temos aquela amizade para com os vizinhos do país aqui ao lado e os recebemos de braços abertos, esquecendo os problemas e divergências passadas!