Que há para dizer? Isto é um blog... Ah, sim! Se quiserem entreter (vulgo, contactar) alguns dos desocupados que fazem isto, usem os e-mails da Beatriz, da Inês, ou do Joao.
Sinto que sabes que sei que ambos sabemos que ninguém sabe do nosso segredo.
Sinto que sei melhor que ninguém o quanto sentias o que eu sentia.
Sei que não sabes que eu sinto que já não sentes o que sentias dantes.
Mas também sei que sabes que sem saberes sentes mais do que sabias sentir.
Sem sentido? Maybe.
*click*
Alguém me explique uma coisa: a SIC deve dinheiro ao Vale e Azevedo? Andam tão simpáticos…
Quando um tipo julgava que não havia nada que o pudesse fazer sentir ainda mais low, recebe a pior notícia dos últimos tempos. Não sei se já alguém vos disse mas, pelos vistos…
Estes são os melhores anos da nossa vida.
Soube hoje que a greve dos estudantes do secundário foi…ontem. A mobilização foi espectacular. Acho que senti um pouco daquilo que deve ter sido o 25 de Abril.
Perdoem-me a falha mas não tenho andado com grande vida para falar de amores. No entanto, visto que toda a gente se sentiu imbuída de espírito romântico, decidi dar a minha contribuição, embora sabendo que já vou (demasiado?) tarde.
Antes de mais devo fazer a ressalva que sou, provavelmente, o adolescente que menos se apaixonou em toda a sua vida. Tenho, por assim dizer, uma relação amor-ódio com... o amor. Gostava sinceramente de me apaixonar mais vezes mas, mais por falha de carácter minha do que por falta de fantásticas raparigas à minha volta, a verdade é que isso (muito) raramente acontece. Anyway… a verdade é que o amor é algo complicado. Espantosa e deliciosamente complicado. Dói…mas dói mesmo, e no entanto dava tudo para estar apaixonado outra (mais) vez. Quantas vezes é que podemos dizer que estivemos verdadeiramente apaixonados? O que é que se passa, o que acontece, que momento mágico é aquele em que nos damos conta de repente que estamos apaixonados? E estaremos? Como ter a certeza de que estamos mesmo apaixonados…que é…amor? O primeiro sinal de que estamos definitivamente apaixonados é o prazer. Prazer…um ridículo comprazimento em estarmos simplesmente a pensar Naquela pessoa. Se alguma vez se deitaram no sofá, a meio de uma tarde fabulosa de verão, porque a melhor coisa que conseguiam imaginar fazer era simplesmente pensar em alguém, então estiveram, de certeza, apaixonados. Segundo sintoma: imaginar, visualizar. Saber exactamente, de cor, com todo o pormenor, aquele momento que está para acontecer, em que finalmente descobrimos que aquele grande amor era vivido a dois. O local onde se encontram, o que ela tem vestido, o que ele diz, o que ela diz, o olhar (O Olhar) que trocam…tudo visto e revisto mil vezes para saborear fugazmente um idílio que acreditamos…acreditamos mesmo, está quase a acontecer. Terceiro, último e definitivo sinal: música. Música. Achamos um súbito sentido a todas aquelas músicas com que antes gozávamos. E, pior de tudo, é que o amor rouba-nos músicas que julgávamos só nossas. A prova acabada de que o amor é algo de espantoso é que só alguém que amamos nos pode roubar uma música. Todos os meus amores (meus?…deliciosa presunção…) me roubaram uma música. Tiram-nos, roubam-nos a música. Pode ser uma música que nunca havíamos ouvido ou que fez sempre parte da nossa vida. A partir do momento em que entregamos essa música aquela que amamos, ela passa a pertencer-lhe sempre, independentemente do amor permanecer, ou não, inalterado. Cada nota, cada palavra daquela música passa a significar apenas e só uma pessoa. Está perdida para sempre para a recordação de alguém ou do que esse alguém significou em tempos.
Se sentem, agora mesmo, tudo aquilo que descrevi, então estão apaixonados. Se só experienciam alguns destes sentimentos, então também estão apaixonados. E se não sentem nada daquilo que disse então, muito provavelmente, também estão apaixonados. Afinal, quem sou eu para saber alguma coisa.
