O Diva de Portugal

Que há para dizer? Isto é um blog... Ah, sim! Se quiserem entreter (vulgo, contactar) alguns dos desocupados que fazem isto, usem os e-mails da Beatriz, da Inês, ou do Joao.

sábado, outubro 25, 2003

EUA, um país de contrastes (um pretexto para um tema polémico)

Os Estados Unidos da América são um país de contrastes. Capazes do melhor e do pior, país donde provém os maiores sonhos, mas donde se acenam, também, grandes pesadelos. São, em suma, um país que, como qualquer outro, têm duas facetas e ainda que se tente apenas realçar a melhor, a outra existe. São, pois, país de grandes qualidades que ofuscam os grandes contrastes dentro de si. Estados Unidos, o nome diz muito. São cinquenta estados. E cada estado é como um país, uma nova perspectiva da América, do mundo, da american way-of-live, da liberdade, da democracia, do capitalismo, da guerra, da paz, da paz imposta, da paz suposta, da política norte-americana. Em comum, uma figura, um nome, uma bandeira, um valor. E no entanto são meras imagens, pois por dentro não são mais que estados unidos e na essência muito diferentes. Desde o Arizona, condenado a eterno depósito de aeronaves e deserto interminável, até à Flórida e as suas praias, passando por cidades emblemáticas e tão heterogéneas.
Gostei da compilação de crónicas de Joel Neto, no seu Al-Jazeera, meu amor. Tinha já lido algumas no site do autor quando ainda eram produto recente de uma guerra que tardava, que teimava em tornar-se num impasse político-militar. No final, foi como rever velhas memórias. O livro é uma obra curiosa pela abordagem, pelo ponto de vista desconhecido de uma profissão que não se impõe, pois vive para dar a conhecer aos outros, o outro, o acontecimento. O livro apenas perde no final, não que o final seja mau, é muito bom. É uma óptima crónica, mas sai penalizada pelo livro não dedicar a ela mais páginas, pois compreender os Estados Unidos onde ela se passa, é compreender a guerra que os EUA tentaram vencer no Iraque e ainda hoje tentam, enquanto escrevo estas palavras no meu teclado de marca americana (mas, ironicamente, produzido em algum outro país). Ganharia imenso se além da primeira parte, houvesse um aegunda sobre os EUA. Mas, então, não seria Al-Jazeera, não seria o livro de Joel Neto, o livro que ele tão bem escreveu e que por si já oferece momentos bem passados (e porque não? Pensados... também). Muito mais haveria para escrever, estou certo, e muito mais o merecia ser. Assim, fica a sugestão para que futuramente as crónicas dos EUA sejam de novo exploradas! Mas, volte-se à essência da mensagem: o livro aborda na sua recta final a perspectiva de um casal, em lua-de-mel, sobre uns EUA explorados numa viagem de carro que nos faz remeter para as imagens do cinema americano dos anos 70. É uma perspectiva feita por dentro e de um modo extremamente próximo da realidade desconhecida. A experiência mostra-se, pois, a melhor forma de obter o conhecimento acerca do desconhecido. (Terá, neste ponto, a ciência imitado a vida?)
Mas, escrevo estas linhas para algo mais dizer...
Nos mesmos EUA existem juízes que podem decidir sobre a vida, sobre a morte, a favor de uma, contra a outra que não se escolhe. Mas, nos mesmos EUA, estados há onde tal não é possível. E outros, ainda, onde a pena de morte é repensada. Um país de contrastes, de diferentes visões. Contudo, no mesmo país existem estados que proíbem os juizes e os cidadãos de optar pela sua vida e por um fim digno (se algum o é). O mesmo juiz que pode decidir acerca da vida do outro, não tem o direito (legal) a decidir o fim da sua vida. A vida que mais que todas, tem direito a julgar, que por a viver tem por ela total poder e responsabilidade. Não pode recorrer á eutanásia quando mais nada pode fazer... e nesses estados em que se defende o direito à vida de criminosos (e eles têm-no), outros não têm o direito a optar, a fazer uso da sua liberdade. Um doente em fase terminal, com doença incurável, que degrada o corpo ou a mente, não pode optar a ter um fim feliz, o fim que ainda que, sempre, indesejado, é o melhor que pode ter. Nega-se o direito a que este cidadão possa morrer em paz, com honra, com dignidade, podendo despedir-se condignamente dos que ama e dizer os seus nomes, ter consciência de que o faz e que o pode fazer. Morrer com os sentimentos intactos, com a sua essência primeira. De nada vale a forma intacta, quando a pessoa morreu há muito, quando a sua essência se foi com ela. A forma de pouco vale, se a essência é ignorada. Pois a forma é a aparência e a aparência pode ser ilusão, pode ser apenas isso, aparente. A essência não, é a pessoa, é o ser, é o seu verdadeiro eu e mais não se pode ir para além disso, pois é o limite do Homem. E no entanto, muitos não podem optar a não perderem-na, a não serem meras figuras vazias de sentimentos ou vida. Vida não é coração a bater, ou peito a mover, vida é sentimento, pessoa a sorrir, pessoa a sentir. E se os EUA são um exemplo, outros haverá...

Ass: PM

Contador, a odisseia continua...

Não, isto não é um filme de ficção! Já se descobriu a causa do contador ter bloqueado, quando o segundo bloqueou, provavelmente um problema técnico que os fez rever a base de dados. Assim, nada como criar um novo, aproveitando para reparar as falhas no outro. A informação antiga foi recriada, para agrado de muitos! ;-)

Ass: PM

Sugestão de blogs

Na minha demanda por blogs portugueses dedicados ao cinema, encontrei o Cinema para Indígenas, vale a pena ver, pelo tom descontraído dos textos, pela informação, pela temática ;-)
http://www.cinemaparaindigenas.blogspot.com/
E do mesmo autor, Rui Semblano: a casa-mãe do anterior blog, o blog A Sombra. É um blog mais geral, ao passo que o anterior é um espaço para a opinião do autor sobre filmes. Ainda assim, achei muito bom e digno de uma visita cuidada e com tempo.
Aproveitando a deixa... numa coisa estou de acordo, como fã de BD (e dos clássicos da BD, sobretudo) vi com grande entusiasmo a colecção de Tintim no Público (serviço público disse, então). Mas, também eu, desanimei assim que vi a dita. Pena, perdeu-se uma excelente oportunidade. Se fosse ao nível dos DVDs (para a semana é o Desafio Total com o actual governador da Califórnia :-P), teríamos muito que logiar!
Aqui segue, então, o link:
http://www.asombra.blogspot.com/

Ass: PM

O jardim que mostra o passado

Eis uma breve história. Pouco conta para muitos e para poucos, muito conta. A história se adapta a quem a lê, o jardim toma nova forma, as pessoas novo nome ou face, mas a essência se mantém, a mensagem muitos se identificam com ela ou temem que o destino incerto o faça por eles.
Partilho com os nossos leitores parte do conto, a restante parece-me demasiado inacreditável para ser exposta. Mesmo para um policial...

Ass: PM

O jardim que mostra o passado

"Havia chegado à encosta do jardim. Parou o carro, saiu. Era a encosta, não uma encosta. Tinham sucedido ali muitas coisas para que fosse apenas um ponto de passagem, uma mera paisagem. Não era apenas uma vista para quem olha para o que para lá da janela do carro está, entre um suspiro e uma certa impaciência com o ritmo lento do trânsito no cinzento dia de Inverno. Fora ali que tudo sucedera, muitos acontecimentos, muitos sentimentos, muitas memórias. Tantas. Ele aproximou-se do jardim, caminhando em passo lento, incerto, quase temendo a visão que se impunha pela sua serenidade. Sempre fora um jardim calmo e relaxante, senhor de silêncio e calma, um refúgio para os acompanhados, um fiel companheiro para os desacompanhados, uma bela vista para os que a procuravam, a calma para os que a haviam perdido. Era a beleza daquela região, era um segredo que poucos conheciam, que poucos compreendiam, do qual poucos usufruíam. Dele, jardim secreto, ali erguido na colina rasgada por fiadas de casas senhoriais e centenárias se espalhava a vista da cidade que nascia e crescia, dos multicolores dos telhados, das casas, dos prédios, das ruas, dos parcos jardins que salpicavam de verde a fria visão. Um mar de gente, um mar de construções, eis o que se apresentava a quem ousava olhar para lá do jardim, para lá do refúgio da serena Natureza, que ali, resistia ainda.
Mas não ia ali em lazer. Gostaria de não ter ido lá por isso, antes, gostaria de ter lá ido para se reencontrar com o que negava, com a verdade que a si não mostrava. Há muitos meses que não ia lá, evitava mesmo passar por lá. Fugia ao passado, era certo. O próprio o sabia, o próprio o admitia no silêncio e escuridão do seu apartamento vazio que partilhava com a solidão. E o espelho se tornava cada vez mais humana gente, mais estranho confidente. Ele afastava-se do passado e do jardim, para abraçar o insano monólogo com o espelho que mais não reflectia a sua degradação que ele, cego, ignorava e não admitia. Estava no jardim para trabalhar, talvez não fosse nunca mais lá, não fosse aquela chamada recebida a meio de sono incerto, de sonho inconstante. Queriam-no a ele, a sua especialização podia-os ajudar na investigação de um caso particularmente medroso. A palavra medroso assustou-o, fez crescer múltiplas questões na sua mente e quando perguntou apenas ouviu o silêncio como resposta e, por fim, um seco e frio conselho para ir ver com os seus olhos. Era o seu companheiro, antigo amigo, deixara de lhe falar por sua inteira culpa, simplesmente deixara. Nunca houvera um motivo, o outro perguntava e ele não respondia. Agora, falavam-se apenas enquanto colegas de trabalho. Estranho fim de feliz amizade, mostra inegável de que não só a face dele se degradava como todo o passado que construíra. Pela parte que perdera, desejava, agora, tudo perder. Desejava perder razão alguma para viver. Desejava morrer. Mas era o vazio que o fazia viver, era a chamada na madrugada pedindo o conselho de perito que o fazia manter-se vivo, por enquanto.
Olhou para um canto e viu alguns homens debruçados sobre algo que se estendia sobre a relva. Eles ocultavam-no com os seus corpos e não pôde perceber o que era, mas pareceu-lhe algo... não estava certo, quase arriscaria dizer o que era, mas não podia ser. Então, veio-lhe a memória do feliz passado que se mostrava impossível de alcançar na terrena vida. O passado que perdera, a felicidade que esquecera, o amor que o destino lhe negara. Fora naquele jardim que vira a vida correr, fora ali que passara da escola, ainda novo, para casa. Fora ali que vira os estudantes, como um dia ele seria, sendo praxados pelos veteranos em curiosas praxes e desafios, para depois os ver rindo em conjunto. Mas outros vira, chorando, humilhados. A vida corria, ele crescia. Fora ali que tivera o seu primeiro beijo, não o tomara a ela, ela lho dera, sem ele pedir. Eram jovens, eram inocentes, o seu amor também. Eram enamorados alegres, sem duvidar do amor, sem temer amarem-se. Trocavam confissões, beijos, abraços apertados, segredos ao ouvido deixados e no coração guardados. E foi ali que tivera a sua primeira desilusão. O beijo dela tomara-lho a ele outro, um mais velho que ele, um que sorria mais que ele, um parvo pensou, na altura. No mesmo banco em que trocaram beijos e promessas de amor ela traíra-o com o outro, imaginava no meio da sua raiva. E no mesmo banco, ela confessara a sua traição. Prometera-lhe a verdade, dera-lha e rogara pela amizade, que restava. Dissera que era melhor assim, que ser sincero é a prova primeira de amizade e amor de amigo. Mas ele não queria amor de amigo, saiu do banco e só muitos anos mais tarde lá se sentou. Com o seu derradeiro amor, soube-o no primeiro momento, ficou certo quando a beijou e ela não recusou o seu amor, confessou que também por ele tal sentimento sentia. Amaram-se por anos e naquela banco trocaram confidências, mais sérias, mais adultas, menos inocentes. Eram desiludidos do amor, eram realistas quanto a ele, estavam certos da sua paixão. Mais que o que outro pareciam, amavam o que o outro era. Não o que desejavam que o fosse, o que era. Para ele era perfeito, para ela, ele bastava-lhe assim pois amava-o por isso e duvidava que se ele fosse melhor o amasse mais do que amava. E foi ali que ele disse as palavras que marcaram os seus destinos. Ela respondeu-lhe com um sorriso nos olhos, com um aceno, com um beijo longo e apaixonado, com um contacto com os lábios que simbolizava a união das suas almas para todo o sempre. Ainda era assim, pensou sorrindo entre lágrimas contidas pelas pálpebras fechadas. E anos mais tarde, naquele banco assistiram às brincadeiras dos filhos no jardim, orgulhosos da prova primeira do seu amor. E amavam-se, amavam o que o seu amor criara, prometiam amor eterno, mais, davam-no por certo. E um dia, o destino traíra-os. Ela e os filhos foram tomados em trágico acidente, quando regressavam a casa. Não pôde despedir-se deles e o amigo, que agora ignorava, fora quem os reconhecera. Na altura, disse-lhe que preferia que não fosse ele a fazê-lo, que a ele custar-lhe-ia menos e que preferia que o amigo conservasse a última e mais bela imagem dos três. Ele protestou, queria vê-los, não acreditava na sua morte, era falsa verdade, era mentira... só podia ser, o amor era eterno, porque se extinguia agora a chama que o fazia viver? Não encontrou em si a resposta. Os amigos não eram suficientes, a maior razão para viver havia sido perdida e ao perder tal razão, viver perdia também qualquer sentido. Ouvir o amigo era reprimir os sentimentos de dor e angústia que no seu coração não cessavam. Refugiou-se no escuro do apartamento, no frio das vazias divisões. No silêncio da solidão, na luz azulada do televisor, na insana visão do espelho da entrada. Rumava para ele em busca de si, em busca do passado. Esperava encontrar na entrada a família que perdera, esperando-o e pedindo o apaixonado abraço que não pudera dar antes de os ver partir. E podia ter também ele morrido, podia. O destino foi ingrato no juízo, egoísta na escolha, injusto no escolhido.
O jardim se perdeu nas memórias apagadas no vazio olhar, na depressão que se impunha como único estado para infeliz condição. Passou a evitá-lo, como ao seu passado. E naquele dia tinha que o voltar a encarar.
O jardim onde os filhos haviam brincando, não pôde conter essa lágrima. Não podia fazer mais nada, apenas chorar por eles. Por eles, faria tudo. Eram demasiado pequenos para perceber o seu amor, para perceber o porquê da sua ausência, para perceber que o pai era polícia mas não apanhava ladrões, que o pai ia buscar tostões e com eles tentava pagar o amor que não podia dar. O companheiro olhou-o compreensivo, ele desviou o olhar inflamado com vergonha. Porquê, perguntava-se. Até da amizade tenho vergonha, até de admitir a minha humana dor tenho medo, dizia para si em voz baixa. (...)"

Problemas técnicos

Problemas técnicos com o nosso contador obrigaram à sua mudança por um novo, infelizmente a informação anterior perdeu-se na totalidade. Ainda está por explicar este súbito desparecimento do contador após um período de manutenção do servidor.

Ass: PM

sexta-feira, outubro 24, 2003

A falta de civismo (no cinema)

E eis a minha prespectiva de falta de civismo. Falarei dela num espaço que me é muito querido (caso não tenham reparado):
Se há coisa que me ofende é o desrespeito da criançada e de certos parvos que no cinema se põe a testar as leis da gravidade das suas pipocas e a inércia do pacote inteiro. Em segundo, qual físicos douturados testam também as leis de propagação do som dos seus arrotos de refrigerantes ou da nutrição das pipocas. E por fim, os comentários e risos infantis. Caso não tenham reparado... não estão em casa deles (espero que nesse caso apenas o façam quando estão sozinhos) e há algumas pessoas lá a ver, de facto, um filme. Pois, aquela coisa no ecrã grande. "Uma história, a sério? Pensei que a ideia era ir brincar para um quarto escuro com pipocas" Eis o conceito de cinema de muita criança.
Além de ofenderem o filme em si, incomodam quem o tenta ver. Já não é a primeira vez que levo com a porcaria das pipocas de um grupo escolar (mais pareciam da infantil) que não se sabe bem o que faz num filme para gente crescida (não, não estava no Olímpia ou algo do género). Se era para brincarem deviam ter ido para aquela caixa colorida com bolas no Mc Donalds.
Vale-nos o cinema sem pipocas e sem intervalos (os meninos pequenenos têm que ir muito à casa-de-banho, tomára, com tanta coca-cola...) que assustam essas hostes de goblins.
Acima de tudo o cinema é um triste reflexo da nossa sociedade. Não só do comportamento, mas dos ideais. Vale-nos o cinema independente que pouco pensa no "espectador" (esta definição aplica-se, infelizmente, para os estúdios à criançada das pipocas) e mais deve à arte de fazer um bom filme. E por falar em bom filme... hoje estreia um bom, espero que na sala sem pipocas.

Ass: PM

quinta-feira, outubro 23, 2003

Anti-americanismo II

Neste início de ano lectivo, ouvi numa qualquer reportagem televisiva que tinha sido autorizada pelas autoridades a abertura da primeira escola secundária para gays, lésbicas e bissexuais. Tal acontecimento só podia ter como palco os nossos amados States. Afinal, há BOAS razões para ser anti-americano.

Anti-americanismo

Li no Expresso deste fim de semana, que o maire de Paris tinha decidido tornar cidadão honorário da cidade o americano Mumia Abu-Jamal. Para aqueles que não conhecem tão distinta personalidade, importa referir que Mumia Abu-Jamal se encontra actualmente à espera no corredor da morte por ter assassinado um polícia. A defesa de Mumia alegou que o arguido tinha sofrido insultos racistas por parte do agente da autoridade e que a condenação em tribunal era também fruto de uma perseguição racista. Inocente ou não, a verdade é que o assassino se tornou rapidamente um estandarte de alguns movimentos de esquerda. Que esses movimentos radicais de esquerda ostentem orgulhosamente o nome de um homem que é, para todos os efeitos, considerado culpado de homícidio, não me alegra mas, sinceramente, não me surpreende. Agora que o presidente da capital de França o torne cidadão honorário parece-me um indicador extremamente perturbador da escala que o ódio anti-americano atinge em terras gaulesas.

Ron Perlman irreconhecível

Aproveitando a deixa, segue uma foto de Ron Perlman irreconhecível, na sua participação em A Ilha do Dr Moreau. Um filme polémico e talvez longe do explendor da obra em que se baseia, mas uma mostra dos fantásticos avanços da maquilhagem (existem excepções no filme, é claro) e uma mostra de talento do britânico David Thewlis (com uma longa e elogiada carreira no teatro, um actor que recolhe a minha simpatia) que consegue captar um comportamento quase senil e desperado da personagem, meio perdido naquelas terras e mesmo de si. De resto, esta não é a única ocasião em que Perlman se sujeitou a maquilhagem, desde O Nome da Rosa, Star Trek ou Hellboy, já foram muitos os trabalhos do actor exigentes a esse nível.

Ass: PM

David Thewlis cara-a-cara com uma experiência falhada de Moreau (Marlon Brando).


Ron Perlman irreconhecível.

Breve filmografia de Ron Perlman

E aqui segue a filmografia essencial de Ron Perlman.

Ass: PM

Hellboy (2004)
Absolon (2003)
Killer Rats (2003)
Blade II (2002)
Shakedown (2002)
Star Trek: Nemesis (2002)
Enemy at the Gates (2001)
The Shaft (2001)
The King's Guard (2000)
Price of Glory (2000)
The Trial of Old Drum (2000)
Betty (1999)
Happy, Texas (1999)
Houdini (1998)
Town Has Turned to Dust (1998)
Alien Resurrection (1997)
Prince Valiant (1997)
The Second Civil War (1997)
Tinseltown (1997)
Body Armor (1996)
The Island of Dr. Moreau (1996)
The City of Lost Children (1995)
The Last Supper (1995)
Mr. Stitch (1995)
The Cisco Kid (1994)
Cronos (1994)
Double Exposure (1994)
Police Academy 7 - Mission to Moscow (1994)
Sensation (1994)
When the Bough Breaks (1993)
Quest for Fire (1982)

Fez ainda um trabalho dando voz a uma personagem no filme de animação Titan A.E. (2000) .

Ron Perlman

Ron Perlman, já falei dele! Este é, aliás, o meu terceiro post onde o refiro.
Não pude de deixar de avivar a minha memória cinematográfica ao recordar este nome e cara de traços marcantes. O que teria levado o realizador Guillermo Del Toro a escolher Ron Perlman para ser o Hellboy? Não foi preciso pensar muito, a minha memória dizia-me que o meu último contacto com este actor não havia sido no já distante Alien, mas sim muito depois. E foi de facto em Blade II, filme assinado por Guillermo Del Toro. Na verdade o trabalho de Ron agradou tanto ao realizador que ele não hesitou em escolhê-lo para o papel da sua vida. Faço votos que tenha sucesso com ele!
Na verdade, agora ao relembrar as minhas lembranças de Blade II posso dizer que o seu papel no filme é bastante cómico e a imagem dura e fria de vampiro não é de modo algum exagerada. Gostei da interpretação, não compromete o papel de Wesley Snipes, mas consegue contrabalançar a cena com o personagem do actor. E quem já viu Blade sabe como é difícil, Wesley rouba cada cena com a sua interpretação.
Mas alegrem-se os curiosos, o Canal Hollywood transmite no próximo sábado à tarde a Última Ceia II, um filme que merece ser visto... mais não seja pela presença de Cameron Diaz e pelo fantástico final ;-)

Ass: PM

Mulher-Gato, o gato vendido por lebre

Há ditados que valem por mais de mil textos, o título diz muito do que eu direi aqui, a imagem vale mais mil palavras...
Eis que mais uma produção adapta uma personagem de comics. Mas se em Hellboy, Spider Man ou Batman (considero neste apenas a era Tim Burton) foram fiéis e bem sucedidos, temo que esta não o será.
Halle Berry, parece determinada a manchar o seu nome e carreira prometdeoras com filmes de qualidade duvidosa. Esperaria mais de uma actriz que ganhou um Oscar, ainda para mais num desempenho comprovadamente de qualidade num filme em que muita faltava. É uma pena que tal aconteça. Um bom actor poderá associar-se a uma personagem de acção sem que isso comprometa sequer o seu prestígio, Jack Nicholson apresentou-se como Jocker no primeiro Batman e daí não só tirou um incrível ganho nas percentagens da comercialização de produtos ligados ao filme, como arrebatou elogios vários entre críticos e até entre os fãs mais conservadores.
Halle Berry associou-se a Storm, depois a Jinx de 007 e agora a Mulher-Gato. Infelizmente parece apostada em explorar papéis fáceis e comerciais, mas que saturam a sua imagem e lhe retiram credibilidade num filme exigente. Jinx poderá ganhar um filme só para si e caso a Mulher-Gato resulte, o mesmo poderá acontecer... cinema pipoca, eis o futuro de uma actriz oscorizada? Era preferível tê-lo dado logo a Nicole Kidman que o merecia e tem feito por merecer. Halle Berry habilita-se apenas a engordar a sua conta e a ocupar a prateleira com um prémio Framboesa de Ouro.
Bem, a cada imagem nova, notícia ou spoiler que leio, mais fico mais desiludido com o triste rumo que este filme toma. Basta referir a sinopse e o facto de ser uma actriz de cor. Não sou racista, sou o primeiro a aplaudir a nomeação de bons actores de cor para Oscars ou outros prémios, agora, dar prémios em função da cor isso sim é racismo. Nunca poderemos deixar de pensar que a dupla vitória de Berry e Washigton se deveu a uma questão de politicamente correcto num ano que tanto precisava disso. O último, felizmente, tem feito bons filmes desde então...
Agora, Mulher-Gato não é de todo um bom filme, desde o realizador ser um ilustre Pitof (cujo trabalho no cinema francês é notável, mas não que permite este tipo de delírios criativos...), até à presença de uma Sharon Stone longe da presença marcante e credível de um passado não tanto distante, até à escolha - a meu ver, errada - de Halle Berry. Que dizer de tal escolha? A personagem era branca, cabelos pretos. Já, então, houve críticas ao facto de Michelle Pfeiffer (loira) ver-lhe tal papel atribuído... a roupa essa é nitidamente um delírio do departamento de arte, mais deve a alguma fatiota de sex-shop para fantasias sado-maso do que a uma heroína. É verdade, a Mulher-Gato tem naturalmente uma grande conecção erótica, o que não significa que se deva reduzir a personagem a um pseudo-objecto sexual.
Acho que a opção correcta era a inicial, Ashley Judd. Halle Berry como Mulher-Gato é um pouco como ter um pugilista russo de Rocky IV (Dolph Lundgren, que fez algo mais mas mesmo assim se merecer grande destaque) a fazer de Blade. Pode parecer uma boa ideia, mas choca imediatamente com a ideia original...
Enfim, fica a imagem para o leitor julgar. Estarei eu errado?

Ass: PM

PS- Vale-me a banda sonora do Cowboy da Meia-Noite, pena que filmes como este sejam raros... e que John Voight não faço algo do género, de novo.

PS2- Não resisti... talvez o Olímpia venha a ter a honra de passar esta grande produção (orçamento de 100 milhões). A ver pelas fotos, parece corresponder ao tipo de filmes que lá passam.

terça-feira, outubro 21, 2003

AE's

Já que os meus outros companheiros de redacção decidiram dar a sua opinião sobre a problemática das propinas e, mais propriamente, sobre as formas, as motivações e os objectivos dos protestos eu sinto-me na “obrigação” de o fazer também. E, para muita pena minha, a impressão que tenho do movimento associativo estudantil não podia ser pior, do secundário ao universitário.
Começando pelo secundário a situação seria hilariante se não fosse tão grave a falta de um movimento estudantil sério. Na maioria, que só não digo extensa por respeito aos líderes sérios (que os há), as AE’s dos liceus portugueses são organizações sem um mínimo de respeito ou influência. Na maior parte das vezes dedicam-se a fazer uma mera gestão corrente da vida na escola: organizar duas festas e uma viagem de finalistas, afixar um cartaz sobre um tema qualquer, pôr um par de colunas na sala de convívio e três cadeiras novas no bar, está feito o programa eleitoral. Aliás aqueles que já assistiram à campanha que precede umas eleições para a AE sabem o quão desolador é o cenário. Nas últimas que vivi não consegui fixar um único propósito político ou ideológico digno desse nome e terminei a campanha (e agora o mandato) sem ter a certeza de quem eram os líderes das listas. A partir do momento em que um dos argumento utilizados foi o de terem conseguido a proeza de colocar um placard de cortiça na sala de convívio, é esclarecedor o nível do debate. Se é um facto que as listas candidatas parecem esconder ao máximo qualquer proposta política sobre educação, a verdade é que eu não as censuro. Observando o nível e o teor das ideias das AE’s sobre educação, eu simplesmente agradeço pelo facto de as mesmas AE’s não terem o mínimo de credibilidade junto de quem decide. Sinceramente não percebo como é que os líderes estudantis esperam alcançar o respeito e a influência que se queixam de não ter quando as ideias que avançam são pouco menos que patéticas. Nos últimos manifestos ou panfletos de apelo à greve que recebi protestava-se contra os exames nacionais e contra a nota mínima positiva de acesso à faculdade para além de se classificar as políticas educativas como elitistas, xenófobas (!) e guiadas por interesses de lobbys capitalistas (!!!). Vamos analisar as propostas uma a uma. Os exames nacionais são simplesmente o único instrumento que nos separa da bandalheira total. Toda agente sabe que há escolas (e não são só algumas privadas) onde a avaliação é, digamos, mais atenciosa e para muitos alunos (como eu) os exames nacionais são a única garantia de uma avaliação minimamente justa e equalitária. Quanto a exigir nota positiva no acesso à universidade, realmente não passa pela cabeça de ninguém obrigar a que se tenha positiva a Matemática para entrar em Matemática ou positiva a Português para entrar em Letras. Qualquer dia até os obrigam a estudar! Protestar por motivos como estes é que torna as manifestações estudantis as anedotas que são hoje.
Enquanto o nível das intervenções das AE’s permanecer no estado desolador em que se encontra agora, a mim, não me apanham de certeza numa qualquer greve ou manifestação.

Hellboy

Eis o nome do filme. Hellboy, promete ser uma das mais ricas e promenorizadas adaptações de comics desta nova geração cinemtográfica. Um herói desconhecido, eis como se apresenta o protagonista de Hellboy. A história é maravilhosa, maquilhagem idem, o guião prometedor e o realizador, esse é Guillermo del Toro. O mesmo que assegurou uma boa sequela de Blade 2. De referir, que o último deu o lugar a David Goyer na nova sequela de Blade, Blade: Trinity, que conta ainda assim com Wesley Snipes, a melhor opção para o papel.
O actor principal é o já conhecido dos visitantes, Ron Perlman. Basta referir o seu papel como corcunda em O Nome da Rosa, ou como escritor famoso e arrogante em A Última Ceia II ou mesmo a sua participação no extâse visual que foi Alien, a Ressureição. Este actor parece-me competente para o papel, o não ser conhecido não lhe tira algum mérito, é um actor que mantém uma presença sustentada, ainda que moderada, nos filmes em que participa. Peca apenas pelo reduzido tempo no ecrã dos seus personagens.
Mas em Hellboy será diferente...

A história essa remonta ao início desta saga de comics. A sua origem remonta aos anos 90, quando Mike Mignola dá origem à história de Hellboy, um herói com super-poderes e uma origem obscura. Um grupo nazi tenta invocar forças ocultas para serem usadas contra os seus inimigos na Segunda Guerra Mundial. Um grupo, ligado aos Aliados, consegue parar o plano a tempo. Contudo, algo aconteceu, entretanto, e nasce uma criança com a pele vermelha e a mão esquerda feita de metal. Hellboy, meus leitores, o herói deste filme e dos comics nascia assim. Ele cresce e aprende a controlar os seus poderes, utilizando-os para praticar o bem. Ao atingir a maturidade, junta-se a um grupo de pesquisas sobrenaturais e passa a investigar fenômenos paranormais.
E agora as imagens...

Ass: PM

Hellboy...


E a foto de Paulo... ah, quer dizer, do vilão de Hellboy. Desculpem a confusão, mas o gosto por fardas de ambos...



O poema dos mil

Três elementos
Três diferentes pensamentos
Um só lugar onde os colocar
Um só lugar para os narrar

O blog que mostra a sua estranha essência
O blog, que constitui aliciante experiência
Para os que nele sempre escrevem
Para os que a ele nada devem

E é grande prazer continuar
E é oportuno não calar
A estranha voz que o fez nascer
A estranha voz que o faz crescer

Voz que não tem um tom, mas três
Voz que não é de apenas de sensatez
Mas também de escrito sentido
Mas também de escrito vivido

Ass: PM

1000 Visitantes

Um milhar deles, eis o número de visitantes que honraram o Divã e os que fazem com a sua presença!
Não é um lugar comum dizer que o projecto foi o sucesso, que muito se deveu ao apoio que cedo nos deram! Aos que o deram, o nosso obrigado! Resta-nos a pena da ausência de mais opiniões dos visitantes, mas qumuito poderá mudar.
Não prometemos um blog melhor, pois isso é missão de todos no dia-a-dia. Não prometemos mais piada, pois a experimentamos a cada dia. Não prometemos melhores textos, pois todos os dias escrevemos novos e tentamos que sejam melhores, mais ao encontro dos que os lêem.
Obrigado aos que nos visitaram, aos que nos visitam!

E para recordar...

segunda-feira, outubro 20, 2003

My Ferro Lady

Estive a pensar num grande argumento para uma peça de teatro, um musical para ser preciso. “My Ferro Lady”. A personagem principal chama-se Ferro e após ter tido alguns inconvenientes devido à sua linguagem rude decide procurar a ajuda de um especialista. Talvez deva enviar esta ideia ao La Féria. Quase que aposto que ainda ninguém se lembrou de uma história assim parecida… De qualquer maneira aqui ficam alguns pequenos extractos:
Ferro – Eh pá, eu não sei pá, se o professor desse aqui uma ajuda, pá, para eu, a ver se aprendia a falar assim pró mais fino pá.
Professor Higgins – Claro que teria muito gosto em ajudar. A que se deve essa necessidade repentina de uma linguagem mais refinada?
F. – Oh! Nem queira saber, pá! Foram uns gajos pá, gravaram umas conversas minhas sobre a Casa Pia pá! E eu quero fazer melhor figura nas próximas pá.
P. H. – Mas eu pensava que o caso da pedofilia estava em segredo de justiça. Não se devia pronunciar sobre isso.
F. – Eu tou-me cagando para o segredo de justiça!
P. H. – Ora, ora… Não diga assim. A forma correcta é: “Toda esta problemática do segredo de justiça não exerce uma grande influência em mim.” Acha que decorou?
F. – Eh pá, não sei. Vou tentar, pá. De qualquer maneira para mim este processo só lá vai à canelada!
P.H. – Por amor de Deus! Diga antes: “A resolução deste processo pode passar por métodos que não se utilizariam tradicionalmente.” Ora repita com a ajuda desta música: ♫ ♫ ♪  ♫ ♪ …
F. - Oh pá quem gosta muito dessa música, pá, é o gajo do almoço de ontem…e o gajo da Pedro Álvares Cabral também.
P. H. – Se continuar a usar a palavra gajo nunca mais vai conseguir. Use “senhor” em todas as ocasiões.
F. – Tá bem, tá! Pra mim até os ministros ou o Procurador Geral da República são “gajos”. Agora tratar por “senhor”, era o que faltava… Isso falar caro é com o Marcelo, ou com o Dr. Lopes.
P. H. – Quem? Deixe estar… Mas afinal para que quer impressionar as outras pessoas?
F. – É que há um lugar que eu queria ocupar, pá. Quem lá está agora são uns palermas!
P. H. – Também não pode andar por aí a chamar palermas às pessoas! Francamente acho que o melhor é aprender simplesmente a ficar em silêncio.
F. – Ena pá! O Professor também consegue ensinar as pessoas a ficarem em silêncio? É que isso dava um jeito enorme para uma amiga minha, a Gomes, pá! Se a conseguisse ensinar a ficar em silêncio eu agradecia-lhe imenso. A sério, pá!
P. H. – Bom, se assim preferir venham os dois juntos na próxima ocasião. Até lá pratique o que discutimos hoje, sim?
F. – Caro que sim, Professor! Então até à próxima! Eh pá, vou já telefonar ao Costa a dizer como isto correu…Tou? Então pá?…

Fim do 1º Acto

Isto é apenas um extracto de um manuscrito que eu estou a trabalhar. Já pensei que se calhar a história não está muito credível, afinal de contas, hoje em dia ninguém usaria as expressões daquela personagem. Mas eu achei que o Ferro ganhava um bocado como personagem se eu exagerasse nas deixas. Espero que tenham gostado.

P.S.: Todas as personagens, locais e circunstâncias são puramente fictícias e, como tal, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

As propinas

Pois é, a blogista Beatriz fala mui sabiamente... curvo-me perante a pertinência da sua rara, mas esperada, intervenção!
E como o justo ouve e compreende, mas apreendendo a mensagem, a faz falar por si e por novas prespectivas (talvez mais ricas) eu também direi umas poucas palavras sobre esta temática que não me é de todo estranha.

Ainda no passado domingo, nem é preciso esforçar a memória, um certo jornal trazia um certo artigo sobre este certo tema. Era um artigo muito elucidativo sobre alguns estudantes que vão para a universidade de carro (e viam-se Volvos e Mercedes, coisas humildes portanto...) e que afirmavam ser contra as propinas.
Ora, uma coisa é certa. Os que não podem, são os que mais aceitam estas mudanças. Não concordam, mas pagam, porque não podem parar de estudar, porque têm que estudar. Muitos trabalham para ganhar o dinheiro que paga a propina, a cantina, a vida humilde de universitário sofrido. Outros, ainda, não pagam com o seu trabalho, mas têm consciência que outros o fazem e por amor, respeitam o sacrifício, sacrificando-se também eles um pouco. Outros, nem têm grande sacrifício, nem grande abundância e são comedidos nos gastos pois sabem que isso é um princípio para toda a vida. Eu identifico-me mais com os últimos. Não serei eu a pagar directamente as propinas, mas não posso deixar de o fazer e por isso há que respeitar quem o faz.
Aos que vêem nos aumentos uma real impossibilidade de pagar, que se aumentem os apoios, que a política social seja justa para com eles. Os que guiam carros de luxo, não podem fugir à responsabilidade e obrigação de pagar, não pelos que não o fazem, mas pelo que devem.
Do ponto de vista emocional compreendo os últimos (os dos carros, o da vida mais ou menos folgada). Sentimental compreendo-os, conheço alguns (não muitos) que frequeentam a universidade, um que até tem um carro "humilde". Mas também conheço outros, que estudam com sacrifício e nunca os vi protestar das propinas (em muitos casos mais altas, devido à natureza do ensino).
É duro pagar propinas quando supostamente estamos a prestar um serviço ao país ao ingressar num curso que tem como objectivo colocar no mercado mão-de-obra mais especializada e supostamente mais apta a exercer as suas funções ou a competirem com os trabalhadores estrangeiros que numa Europa livre e unida estão aqui ao lado e têm (teoricamente) as mesmas hipóteses e possibilidades de ingressar. Compreendo que alguns sejam genuínos quando dizem que pensam nos que não podem pagar, mas muitos não. Muitos são apenas uns frustrados que vêem que a sua mesada vai ter que ser gasta numas propinas e menos numas 3 cervejas para engatar a gaja e levá-la a "conversar" no BM.
Haja moderação nesta questão, haja realismo na opinião, haja justiça nas palavras! Falou bem a Beatriz, espero ter eu completado o que ela disse.

Ass: PM

domingo, outubro 19, 2003

Marca de sucesso...

Uma prova do crescimento do Divã é que hoje a taxa de transferência da conta de fotos do blog foi ultrapassada. A marca deste sucesso é infelizmente desagradável para os que chegam hoje pela primeira vez, ao não poderem carregar as capas dos DVDs. As nossas desculpas!
Voltem que a situação estará provavelmente resolvida já amanhã!

Ass: PM

O Nome da Rosa II

Numa rápida pesquisa na internet, um curioso (como eu) pode encontrar pelo menos sete cartazes diferentes do filme O Nome da Rosa. A mim parece-me que o realizador Jean-Jacques Annaud e os produtores tomaram uma boa opção, quando os cartazes têm todos a sua beleza e qualidade, porque não variar um pouco? Pessoalmente o meu preferido é o que publiquei a abaixo, mas os outros estão na maioria dos casos muito bem concebidos (para um filme feito em 1986, então...).
É curioso que eu esteja a escrever estas linhas sobre O Nome da Rosa e o seu realizador. Na verdade, para escrever este artigo fiz uma pequena pesquisa para limar algumas coisas de que não estava certo (nomeadamente Ron Perlman, cujo rosto me pareceu logo familiar ao ver o filme). Admito que o realizador não me ficou memorizado da primeira vez que vi os créditos do dito filme, mas curiosamente tem-se mostrado um dos meus favoritos nos últimos tempos. Ainda na sexta estive a ver o maravilhoso DVD do DN de Sete Anos no Tibete (pena que não vejamos muito Brad Pitt em papéis como este) e ao explorar os extras pude saber umpuco mais sobre este realizador. O promenor de ter realizado O Nome da Rosa escapou-me e foi uma grande alegria (estranhamente não me supreendeu...) encontrar o seu nome nos créditos da adaptação do romance de Umberto Eco.
É um filme cujo DVD não é de todo pobre, principalmente se considerarmos que foi um filme realizado em 1986 quando DVDs e extras eram um sonho impossível para qualquer cinéfilo. Não posso atestar a qualidade do conteúdo do DVD, ainda que deseje comprá-lo assim que o encontre. Contudo, achei curioso publicar estas capas da versão portuguesa do DVD e da versão inglesa. A versão VHS portuguesa (a original, pelo menos) baseia-se na capa inglesa, que mostra um Bernardo Gui numa postura que revela muito do carácter e do papel do seu personagem.
De notar a diferente montagem e arranjo, ainda que em capas invulgarmente estéticas e atractivas para uma produção como esta.

Ass: PM