O Diva de Portugal

Que há para dizer? Isto é um blog... Ah, sim! Se quiserem entreter (vulgo, contactar) alguns dos desocupados que fazem isto, usem os e-mails da Beatriz, da Inês, ou do Joao.

sábado, agosto 21, 2004

Frustrante

Sempre que os meus amigos me perguntam que emprego quero para a minha vida adulta, respondo, brincando por fora, com sinceridade por dentro, que quero ser um Deus do Heavy-Metal. Olho fugazmente para o meu quarto perguntando-me se terei tudo aquilo que é preciso. Os posters estão na parede. A guitarra está encostada a um canto. O amplificador tem uma luz vermelha acesa indicando uso recente e marca o ponteiro do ganho de distorção no máximo. A primeira t-shirt na gaveta tem MANOWAR escrito a letras vermelhas. A torre dos CD’s é uma longa coluna vertical em que sobressaem letras agressivas formando nomes como Slayer, Sepultura, Pantera ou Metallica. A partir de uma pequena aparelhagem, vozes gritam em cima de uma parede de guitarras distorcidas, providenciando uma banda sonora ao conjunto. Até aqui tudo bem. Depois passo em frente ao espelho e deparo-me com uma dura verdade. Nunca escreverei o próximo hino sombrio do trash-metal. Falta-me algo essencial para ser um músico de heavy-metal: bagagem emocional.

Melhor resposta às mesmas perguntas imbecis de sempre

Intervenientes: Repórter tão imbecil quanto a pergunta.
Kerry King (aka KK - “King of Kings”)– guitarrista da banda de trash-metal Slayer

R - What is your answer to all those people who accuse you and other members of Slayer of being Satanists?
KK - Have you ever heard my lyrics? Does it seem to you like I still believe in God in this world?
R-No.
KK- So how could I believe in Satan?…

Diário de Férias IV

Todos aqueles racistas da velha guarda deviam ser mandados para o Algarve durante estes dias de Verão. Tentarem ser atendidos num restaurante falando português deve fazê-los sentir na pele o que custa a discriminação.

Diário de Praia III

Estou sentado na praia e reparo, com algum espanto, no carinho e alegria com que um homem (o pai?) trata um pequeno bebé. A dado momento o homem vira-se e permite-me ver as costas da sua t-shirt branca: uma imagem complexa da qual ressalta uma caveira e umas letras negras de aspecto trabalhado e vagamente fascista que formam as palavras Tribunal do Santo Ofício. Os homens são seres complexos.