O Diva de Portugal

Que há para dizer? Isto é um blog... Ah, sim! Se quiserem entreter (vulgo, contactar) alguns dos desocupados que fazem isto, usem os e-mails da Beatriz, da Inês, ou do Joao.

sábado, setembro 27, 2003

Conto sobre o amor e a dúvida na paixão

O Divã é também um espaço de bom gosto (não falo do meu, claro). Para tornar isto mais interessado e aliviar o meu PC, vou colocar também algumas crónicas e contos da minha autoria. A ver vamos, se o público gosta. Um conto, uma parte de uma longa história que é narrada num conjunto de folhas brancas pelo Último Homem, figura de um último homem que se vê só num mundo prestes a acabar. Um mundo destruído pela catástrofe a que ele sobreviveu pela ganância, vendo-se agora só nele. Herdeiro de algo que não esperava ou desejava, é presenteado com as terríveis consequências da sua decisão. A encarnação dos medos de todos, a realidade consumada para ele, tangível, próxima, inegável. E esperando o fim daquele mundo, o seu fim e com ele o fim do último ser, vai confessando ao papel as suas memórias e sentimentos. Faz um ajuste de contas com o passado, narra as suas incertezas, compreende-as e transforma-as em certezas. Mais que ao papel, que insanamente chega a julgar ser escrito para algum um dia o poder ler, ele confessa a si o que negava e escondia mesmo de si próprio. Eis o contexto e eis o texto!

Ass: PM

"Descobri que tenho cancro mortal dentro de mim. Descobri-o e agora sinto-o. Sinto-o, aqui no peito onde entre as ossadas parcas se fecha enclausurado o coração. É cancro mortal, não visível à vista, impossível de curar a não ser por quem o sente pois só ele o conhece e sabe onde está. Sinto que se contra ele lutar morrerei, parte de mim morrerá com ele, e senão também morrerei levado pela tristeza. Tanta tristeza sinto e apenas ao cancro a devo, tanta que ironicamente até o céu chora neste dia e não por mero acaso parece. Também eu choro e sou finito ao contrário do céu. Embora sinta algo infinito dentro de mim, aquilo que chamei de paixão mas me traiu e se transformou, apodreceu e tomou forma de depressão, que vai e vem, volta e parte para sempre ficar à espreita para cobiçar meus sentimentos nos raros momentos de felicidade. Angústia senti, não por nesses momentos não ser feliz pois o era, pois eram bons, mas por algo me afligir, me rogar para regressar. As suas palavras vazias e enigmáticas ecoaram nesses dias na minha mente, atiçaram minha paixão, queimaram-na, para das suas cinzas nascer algo que me aflige. Tormento que pensei que pararia, pois havia regressado. Mas não, a paixão desaparecera, sentia pavor agora pelos sentimentos maus que me provocara. Ainda sinto, pois vejo nesta insana paixão um pêndulo que vai e vem, que fica por escassos momentos e apenas atiça a fantasia, a cobiça e o amor, que traz tristeza e parte sem se desculpar, sem a findar. Quem me dera morrer, mas não posso. Sou humano e ser pensante, ser sentido e que sente, ser que cria, mas no entanto não consegue obter sobre si o derradeiro triunfo, não consegue obter de si aquilo sobre o qual tem direito, não pode decidir se vive com o tormento ou abraça o eterno sono. Talvez tema sonhar eterno pesadelo, no lugar de eterno sonho. Talvez algo me prenda aqui para além da paixão, talvez... algo que nego, que já nem amo, que já nem prezo, tudo este amor destruiu e por mim começou. Sou farrapo, sou sombra, sou o nada daquilo que era, um nome num vazio, um sentimento num quase cadáver, um não-ser, um escravo de vis sentimentos. E ela me castiga, me tortura, com suas palavras vazias, com promessas não cumpridas, com olhares imperceptíveis, com atitudes contraditórias, com coisas que me confundem, me cegam, me fazem duvidar, me destroem as certezas para deixar as dúvidas, me resta apenas uma certeza. A certeza da dúvida, a certeza que esta existe e me aflige. E não consigo regressar, tento. À medida que me aproximo deste estado, também os meus escritos se aperfeiçoam, se tornam obras mais complexas, mais perfeitas e mais belas a meu ver. Mais me identifico com as suas palavras, com os escritos nas folhas gravados, mais vejo neles um cumplice, amigo inventado que sente o mesmo que eu que me compreendo e que compreendo. Será este o preço a pagar? A derradeira obra nasce quando parte de mim morre. A parte que a criou desaparece e outra a toma por sua e sua a torna."

Pensamento do dia (2)

Inspirado pelo almoço e pelo pensamento do dia que originalmente era para ser único, pus-me a fazer umas linhas no papel.
Pois bem, em honra da filósofa "amante" de Mc Donalds aqui vai o meu raciocínio:

Todos os hamburgues do Mc Donaldis são qualquer coisa Mc ou Mc qualquer coisa
O Big Mec é mau
Logo todos os hamburgues do Mc Donaldis são maus(?)

De facto, também eu já me fartei das ementas do Mc Donaldis, talvez tenham chegado demasiado tarde para mim, talvez demasiado cedo. O certo é que prefiro um bom bife da casa a um hamburguer milimétrico do Mc Donaldis. E com o tempo comecei a detestar aquilo. O problema é que gostava e agora detesto, um misto de enjoo e santa consciência da qualidade daqueles produtos.
Claro, não renego a um bom hamburguer, mas por certo que não o encontro nos ditos restaurantes. Os accionista da empresa querem mudar o conceito, dizem que está gasto, que os restaurantes já não abrem, apenas fecham. Dizem que a marca está em declínio. Uns propõe até mudar muita da filosofia do Mc Donaldis e servir as refeições em pratos. Mas fica a pergunta: o que importa? O prato ou o que está nele?

Ass: PM

PS- É claro que há coisas que não se podem servir sem ser num prato, mas creio que a comida do Mc Donaldis não é uma delas. A menos que mudem... esperemos que aquela "genial" ideia de pôr chouriço barato no hamburguer não seja recuperada e que os anúncios não voltem a envolver publicitários desconhecidos - que não são mais que homens cinquentões saídos de um asilo para antigos top-models e modelos para anúncios - à procura do tomate ideal para o hamburguer que parece ser um há muito conhecido e exactamente igual, mas com o nome mudado.

Pensamento do dia

Como não estou inspirado (arranjar um contador cansa, ainda para mais quando temos que contar por ele e inscrever 100 visitas com o nosso PC) vou usar essa grande filosofia de uma célebre filósofa portuguesa:

"O cão, o gato e o coelho são animais,
O cão, o gato e o coelho são mamíferos
Logo os animais são mamíferos"

Pois é, pode parecer que não, mas há quem se lembre de fazer estes raciocícinios! Que vergonha! Toda a gente sabe que os coelhos NÃO são mamíferos! Já viram algum mamífero (tirando o ornitorrinco, cara de pato Donald) a pôr ovos? E ovos da Páscoa? :-(
E como esse alguém deve estar a perceber quem é. DESCULPA! Foste a minha inspiração hoje, amanhã pago-te os direitos de autor! (aceitas notas do monopólio?)

Ass: PM

Contador

E a grande novidade do fim-de-semana...
O Divã terá o seu contador. Com certeza que é todos concordam que é uma boa maneira de nós que escrevemos o blog contarmos as vezes que viemos cá :-)

sexta-feira, setembro 26, 2003

SERVIÇO PÚBLICO

E para prestar um serviço público que somente passou existir graças à  bondade desinteressada de canais privados como a TVI - que constroem a sua programação em função do público e somente para ele e no seu único interesse - o Divã de Portugal irá publicar as notícias deste paí­s real em que tudo acontece, mas que infelizmente pouco se sabe. Esperemos assim, informar o nosso leitor (mais concretamente tu, o único aliás!) do que REALMENTE interessa. Eis, portanto, a vida da família que todos conhecem, mas cuja vida desconhecem:

1:00 - o cão da Dona Maria continua desaparecido

2:00 - o cão da Dona Maria continua desaparecido
são apenas disparados dois tiros na Zona J, onde habita D. Maria
um taxista (cunhado de D. Maria e emigrante na Bélgica) é assaltado por um travesti e descobre que o seu filho desaparecido era o travesti - ÚLTIMA HORA

3:00 - o cão da Dona Maria apareceu, estava a vasculhar o lixo da vizinha procurando a comida que a dona lhe devia ter dado há 3 dias
a Dona Maria telefona ao filho a dizer que escusa de ligar para o 24horas que a porcaria do cão já apareceu
o marido da Dona Maria esmaga o comando da TV (oferta da compra daquele colchão da TV Shop comprado com o que restava do subsídio de desemprego) irritado por perder a oportunidade de uma vida de aparecer na TVI
a Dona Maria acha que o cão dá demasiado trabalho, aenas 2 minutos de carícias e "não sabia o que fazer se te perdesse, meu amigo"

4:00 - dorme-se em casa da D. Maria
um mendigo canta "Singing in the rain" à porta da casa de D. Maria agitando o que resta da garrafa de tinto Reserva Continente - Quinta da Carapinheira 2003 (por apenas 2 euros a garrafa)

5:00 - dorme-se em casa de D. Maria
o mendigo muda de reportório e começa a falar com o candeeiro da rua que entretanto está fundido por falta de manutenção

6:00 - o marido da D. Maria volta a vestir as cuecas do dia anterior (não antes de ter realizado um teste com o seu apurado olfacto e o teste "do dedinho")
o marido da D. Maria entra na casa-de-banho e baptiza a sanita recentemente limpa e o chão circundante
o marido da D. Maria berra com a mulher queixando-se dos tapetes felpudos rosa que cercam a sanita e que ficaram todos sujos

7:00 - D. Maria dorme o seu sono antes de se levantar para apanhar o metro para a casa da Dra Júlia (sua patroa às segundas e terças, e quartas quando lhe dá jeito ou tem a visita dos seus chiquéeeeerrrrrimos amiguuuus)
D. Maria acorda, prepara-se e despede-se do marido que grunhe e lhe diz para voltar cedo que lhe deve aquela massagem nos pés (os mesmos que foram lavados, segundo o orgulhoso dono, há 5 dias)

8:00 - D. Maria chega a casa da Dra. Júlia e encontra o marido desta à  porta, regressando da casa da sua amante
D. Maria dá¡ os bons dias à  sua patroa que está na cozinha desenhando bigodes e cornichos nas fotos do marido
D. Maria acorda o filho beto da Dra. Júlia e areja o quarto que tresanda a ganza
D. Maria vai à  rua passear a cadela Madame Fifi
D. Maria leva raspanete da patroa por Madame Fifi ter apanhado frio (resta dizer que a D. Maria ia de manda curta, por ter o seu único casaco a lavar)
D. Maria deseja um bom dia de trabalho ao marido da Dra. Júlia, prepara o pequeno-almoço para o menino Guilherme de Mello e deseja um bom dia no clube para a Dra Júlia (que tem o curso de ciências de educação, embora nem o filho saiba educar)

9:00 - D. Maria aguarda as 10:00
D. Maria aproveita o convite de Dra. Júlia para comer qualquer coisinha e mete 5 laranjas e 2 maçãs no saco para levar para casa

10:00 - D. Maria fecha as pressianas
D. Maria liga a TV da sala
D. Maria começa a ver o Olá Portugal e a cantar com o Goucha a bela canção do programa

11:00 - D. Maria vê o programa Olá Portugal
marido da D. Maria (na sua casa) tenta descodificar com os olhos a imagem do canal Playboy codificado enquanto se desculpa ao técnico da TV Cabo (seu primo, antigo emigrante na Suíça e dono de farta cabeleira e bigode) por ainda não ter pago a instalação da mesma

12:00 - D. Maria adianta algum trabalho para parecer ocupada
D. Maria deita fora o caixote do lixo do menino Guilherme de Mello e constata que ele estão de facto a reduzir a dose, já só precisa lavar 2 vezes o caixote com Sonasol para o cheiro desaparecer

13:00 - D. Maria prepara o almoço para a família Mello

14:00 - depois de almoçados, os membros da famí­lia Mello vão às suas vidas, o menino Guilherme fica em casa dizendo que tem um furo ao primeiro tempo (enquanto isso a Dra. Júlia recebe um SMS acusando uma falta do filho a Português)

15:00 - Dra. Júlia vai à massagem com a sua amiga Mituxa Pilula Tardinha recém saÃída de uma separação com o badalado escritor Carlos Tardinha
D. Maria começa ver o Às Duas por Três lamentando não ter ligado a TV mais cedo

16:00 - o marido da Dra. Júlia chega a casa, parte passados 5 minutos com a carteira abastecida. Vai para o casino do Estoril, pensa D. Maria.
D. Maria após fingir que limpava a televisão, volta-se a sentar no sofá de couro rosa de Dra Júlia e continua a ver televisão

17:00 - D. Maria acompanha, em constante zaping, as três novelas

18:00 - D. Maria finge terminar as suas tarefas, despeja o lixo do menino Guilherme que já tem mais duas ganzas
D. Maria despede-se de Dra. Júlia e houve a patroa desculpar-se (mais uma vez) por estar atrasada no pagamento do ordenado em duas semanas
D. Maria é "convidada" a despejar o lixo da famí­lia Mello, a sua roupa fica a cheirar a fritos e ganzas velhas

19:00 - D. Maria apanha o autocarro para casa
D. Maria fica a saber da janta que o marido não vai fazer em casa, tem que deitar fora aqueles filetes que tanto trabalho deram a preparar

20:00 - D. Maria vê chocada, na TVI, o drama de D. Matilde, a velha avó, que viu a sua neta ser devorada por uma máquina de cortar relva do jardim de D. Pilita D'Our, velha francesa que herdou uma fortuna do marido falecido
D. Maria fica chocada ao ver que Elsa do BB não casou que fulano e que na verdade o filho de Beterraba Mendes é filho do seu irmão
D. Maria aplaude o discurso do comÃício do PP e não consegue deixar de admirar o esforço do Dr. Portas para dar as pensões aos velhinhos


21:00 - D. Maria janta o que resta na dispensa e agradece que o marido tenha ido à  casa de petiscos com os amigos da cerveja (sem saber bem como ele os vai pagar)

22:00 - D. Maria acaba de lavar os pratos e arrumar a cozinha
D. Maria vê um pouco da telenovela das 22:00
o marido de D. Maria chega a casa bêbado

23:00 - D. Maria não consegue adormecer, o marido levanta-se, veste as mesmas cuecas e dá um enxerto de porrada no pobre cão que ladrava aos drogados que estudavam a fechadura da casa de D. Maria

24:00 - D. Maria adormece por fim, não sem antes ouvir o marido sonhar e gritar "Marisa, eu tenho tomates! Aqui, aqui!"

Las piedras rolantes

E eis como chamam aos Rolling Stones nuestros hermanos daqui ao lado... sempre achei curiosa esta mania de traduzir tudo para a língua de Cervantes. Talvez seja o correcto pois sempre se cria uma política de respeito e protecção da língua materna.
Mas num país que ainda não tem uma palavra lusa para blog, iremos começar por onde?
Entretanto há sortudos que vão ao concerto dos ditos cujos. Sim, isso mesmo, estão a ler um deles... não, não, eu não... o aqui a baixo. Eu tou velhote para essas coisas e infelizmente na minha aldeia de Rolling Stones só soubemos do caso em que o tio Zé ficou subterrado entre umas pedras que rolaram, mas isso é outra história (de 5 minutos na TVI, por certo devrão lembrar-se dela, deu em 23/7/2002 às 21:45). O primito Miguel até ficou contente, disse que a professora ia gostar de mostrar à turma (referi que era ele, a professora e o outro aluno?) o que restava do dedo indicador do tio Zé, seu amante nos tempos aúreos (resto/amante, imagine-se o resto...).
Bem, agora vou para o meu quarto lamentar não ir aos Rolling Stones (esperemos que os dicos de vinil ainda toquem). Haja esperança, talvez venham outras bandas famosas (como os Chapéus na Larareira, os Condominós e Xupas os Pontapés)! :-(

Ass: PM

PS- Alguém me consegue arranjar um bilhete no mercado negro? EU PAGO TUDO!!!! EU DOU A MINHA COLECÇÃO DE CARICAS DE ÁGUA SERRA DA ESTRELA! (tenho que dizer a marca se quero receber os dois euros que me prometeram pela discreta referência)

quarta-feira, setembro 24, 2003

Regresso às aulas

Uma das coisas de que mais tenho sentido a falta neste início de aulas é de um cartaz que costumava estar em frente ao portão da escola (Secundária José Falcão em Coimbra, para quem se interessar) e que me punha sempre um sorriso nos lábios. O cartaz em questão pertencia à JCP e, pendurado de umas árvores (o que dirão os Verdes de tal utilização da natureza?), dizia em letras vermelhas: “É pela Luta que lá vamos!”. Aqueles que frequentavam a escola no ano passado provavelmente ainda se lembram, quanto aos outros vão ter de confiar na minha palavra (algo que em condições normais não recomendo a ninguém).
Aquilo que me traz tão boas recordações do dito cartaz é, basicamente, a sua brutal honestidade. Como toda a gente sabe as manifs da JCP (e as estudantis em geral), são apenas uma oportunidade para desempoeirar as t-shirts do Che, faltar às aulas, gritar uns trocadilhos inanes com o nome do ministro e, de vez em quando, assim como cereja em cima do bolo, dar uns empurrões na polícia. Simplesmente eu, na minha ingenuidade, sempre pensei que isto fosse uma espécie de verdade classificada por entre as bandas comunistas. Pelos vistos não. Qual ideias, razões para protestar ou opinião informada. Eles estão lá é pela luta. And proud of it!
De qualquer maneira, e para que não digam que só falo mal, aqui fica o meu reconhecimento pela forma desassombrada com que a JCP Coimbra assume bem alto a verdade, mesmo a mais difícil.

P.S. Ou será que o cartaz é obra de renovadores?.....

Sem assunto ou tempo?

Não tenho mas é tempo, assuntos até tenho. Mas who cares? O Diva não tem leitores... tens uns pobres coitados que lêem isto por engano e dizem: eh pá, mas isto não é o do gato! Vamos embora...
Se fosse à custa da minha família isto teria muito visitante, mas infelizmente os Pernicotos não têm internet na sua aldeia (o que não é de espantar, afinal nem por aqui alguns a conseguem meter no PC eheh).
Assim, aqui fica o pensamento do dia:
"Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão" Porque é que para poupar nos custos o Benfica não deixa de pagar o ordenado ao Nuno Gomes? Afinal, ele também deve... ao Mc Donalds, aqueles golos que pagavam o Big Mac. Se calhar não gostou do hamburger... :-P
De qualquer modo o Benfica vai salvar um clube belga ao jogar para a taça UEFA, agora só falta um clube famoso salvar o Benfica! Aleluia, há esperança (não para mim, que sou do FCP).

Ass: PM

terça-feira, setembro 23, 2003

apresentação

É costume dizer-se que em quase tudo o primeiro passo é o mais difícil. Pois bem, no que diz respeito ao meu primeiro post neste blog, a frase não podia estar mais próxima da verdade.
Da minha parte este blog é uma ideia com algum tempo e é a manifestação de um sincero desejo de expor e partilhar ideias. Ou isso ou de um puro narcisismo, um pretexto para uma grande ego-trip na net.
Os posts que se seguirão pretendem abranger uma grande variedade de temas- política, escola, cultura, humor ou só o surrealismo do dia a dia- e terão a frequência que a criatividade ditar e que uma ligação à net obsoleta permitir. (good workman, bad tools, honestly)
O Divan não tem, nem pretende ter um público-alvo restrito. Na realidade o mero facto de estar a ler estas linhas não é particularmente abonatório para esse mesmo público. Na mais provável das hipóteses conhece-me de alguma maneira, o que implica necessariamente que não é nem muito rico, nem muito famoso e que está, provavelmente ainda a debater-se numa qualquer escola secundária. Para aqueles em que este não é o caso, isso significa que gastaram o vosso tempo e dinheiro a fazer uma busca aleatória de blogs na net, e nesse caso a única frase que me ocorre é : Get a Life!!!
Para a eventualidade de alguma vez pretenderem responder ou comentar algum post ( a esperança é a última a morrer...), façam-no para gil-coimbra@clix.pt

Eles andem aí

A grande parte dos estudantes candidatos à faculdade entraram! Bravo, foi um grande esforço (até para os com a maravilhosa média de 8, estou certo)!
Mas é pena constatar que mais entraram não por haver mais vagas, mas por haverem menos a concorrer e por muitos dos que entravam por maneiras "mais iventivas" terem sido convidados a se colocarem na fila como os outros e a trabalharem para entrar.
O problema nas faculdades em muito se deve à média alta em cursos extremamente úteis vs média baixa em cursos cuja oferta de trabalho não só é reduzida como se encontra já na totalidade preenchida (sem falar na utilidade médico vs doutorado em física, creio que embora os dois sejam importantes há maior urgência no primeiro).
E assim vendo a média muito alta para o curso por qual guiaram toda a sua curta existência até aí, muitos são os estudantes de grande qualidade (qualidade não se mostra somente por um número abstracto, mas por conhecimentos e aptidões reais) são muitos que em vez de seguirem para dmédicos, seguem para biólogos. E com isto se perdem pessoas que dariam óptimos médicos! Nada contra os espanhóis que apenas defendem os seus interesses, sim contra nós próprios que não defendemos os nossos interesses e os nossos estudantes.
E em paralelo com esta situação são muitos os que por terem poder para tal entram nas faculdades privadas e seguem a carreira médica. Muitos terão de facto aptidão para isso e sonharão desde smepre com tal profissão por genuíno gosto. Outros, estarão ali por mera questão de status e estarão a roubar o lugar àquele que poderia ser um bom médico. São muitos desses que depois se recusam a ir trabalhar para o Interior, médico é dar um pouco de nós aos outros, sacrificarmos certos luxos em nome de outros. Muitos médicos e estudantes de Medicina concordarão comigo, por certo. Não terão as gentes do Interior, que usam (e bem) os centros de saúde direito a um médico como as outras e aum médico com qualidade. É que por mais boa vontade que tenham (e muitos têm-na) médicos espanhóis só vieram para Portugal porque não arranjaram vagas em Espanha, em muito devido ao facto de lá haverem outros que pela sua qualidade e experiência ficaram com as vagas. Não recebemos la créme de la créme, mas os "restos", somos a segunda opção para muitos médicos espanhóis. Isso só pode mudar com acções da nossa parte, defender os nossos interesses é compatível com o cumprimento das normas comunitárias.
Mas o Ministério da Educação tem tomado boas medidas! Justiça seja feita, neste o campo o Governo fez obra!

Ass: PM

segunda-feira, setembro 22, 2003

Euro 2004

O Euro 2004! Esse grande evento cultural e palco de vitórias que serão lendárias que serão recordadas por todos (fala-se em 10.000 milhões de espectadores, pergunto-me como, se ainda há uns tempos li que éramos 6.000 milhões no mundo e duvido que os nigerianos da vida tenham TV). Algo me cheira que não teremos muito que festejar. A equipa da selecção nacional representa, contudo, bem o seu país. Tal como ao país, faltam aos seus jogadores, humildade.
Mas falando de Euro 2004. Eis que em Coimbra reconstruiu o seu estádio com o pretexto do Euro 2004. Ao menos este servirá para mais alguma coisa, o Estádio Municipal de Coimbra servirá para eventos desportivos e não só. É o caso dos Rolling Stones, já no sábado dia 27. Infelizmente a ver pelo aspecto das obras aquilo bem que vai sair um tostão furado aos que compraram bilhete. Ora veja-se, os que compraram lugares sentados provavelmente não terão o banco montado a tempo (pois, há muitos, ok ok, sentar para crer) e os que compraram em pé vão sair a ganhar, a final com tanta obra por acabar não vão voltar tijolos no relvado. E para que servem os tijolos? Eis umas dicas do Divã ao pessoal que vai ver os Stones:
a) o espectáculo é bom, dá para ver melhor os artistas
b) o espectáculo é demasiado calmo, dá para se sentarem
c) o espectáculo é mau, alguém duvida que os tijolos voem?
Enfim, eis por que o bilhete em pé é o que está mais sub-valorizado. Chocante, não?

Ass PM

PS- Para breve o cartaz do filme, Euro 2004, levemente inspirado num país irreal... e já agora num filme levemente irreal também. Curiosos? (pelo menos tu que lês, nem tu?) Aguardem...

Kill Bill

Vêm aí os 2 novos filmes de Quentin Tarantino andem aí, aliás, estreiam de rajada à la Matrix. Boas notícias!!! ;-)
É que este senhor ao filmar o seu novo filme (falo do Kill Bill, com a divina Uma Thurman saída de uma gravidez recente) descobriu que aquilo era muito grande (pois, pois... os homens descobrem que aquilo é por norma pequeno, mas este teve sorte! :-P) e decidiu dividir em duas partes. Quais DVDs? Quais cenas extras? Nós vamos ver (quase) "tudo lá dentro" (do cinema, claro).
E a grande novidade do dia é que este senhor e os patrões da Miramax lá puseram online o site do filme. Vejam, vejam:
http://www.kill-bill.com/
E agora é esperar até ao final do ano para ver a Uma Thurman! Até lá podem rever o Ligações Perigosas em que ela tem um papel fantástico (estou a falar do papel de carta em cima dela, claro). Mas vejam a cena, não quero estragá-la...

Ass: PM

PS- Novidades do meu companheiro, que nem é mudo, nem surdo, nem maneta. Teve dificuldades no log in do blog e agora estamos a ver se arranjamos uma solução. É bom que sim, pois os meus textos são uma seca...